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           Apesar das diversas repressões que se tem acima do feminino, o ideal de corpo foi muito retratado ao longo da história (ECO, 2012, p.16), possuindo características físicas e culturais dos respectivos povos que as criavam.

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Primeiras Menções

           A Afrodite de Cnidos por Praxiteles, ilustrada ao lado é o primeiro modelo do corpo feminino em tamanho natural, data de  IV a.C e torna-se famosa por sua beleza e detalhes que futuramente inspiraram a criação de outras obras como A Vênus de Milo. Sua orgulhosa nudez exibida como divindade mas ainda sim cobrindo com a mão direita a genitália é marco de um novo período de representações. Idealizava-se uma beleza psicofísica onde o corpo e a alma deviam harmonizar-se, ou seja, o bom é o belo, e o belo é bom.

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           Teógnis (IV a.C.) Elegias, I, v. 17-18 [...] "Aquilo que é Belo é amado; o que belo não é, não é amado."  (ECO,2012, p. 39)

           Uma das mais antigas conhecidas foi criada no período paleolítico (entre 24 000 e 25 000 a.C) e descoberta em 1908 num sítio arqueológico da Áustria próximo a região de Willendorf. A peça, ilustrada ao lado, representa uma mulher sem traços faciais, apenas uma cabeça redonda,porém possui grandes seios, quadris largos e um abdômen alto simbolizando a fertilidade. Segundo Voltaire Schilling  aquela é claramente a repesentação de uma mulher preste a dar a luz, chamada ironicamente de Venus de Willendorf, irônica por não possuir um só traço feminilidade mas ser um signo ideal para um povo onde apenas a reprodução era motivo de atenção quando pensava-se na mulher, por isso um ventre tão saliente certo de receber atenção.

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