VÊNUS
E O IDEAL DE BELEZA FEMININA
A Intertextualidade possui como definição básica a relação entre textos, em específico quando há um recorte significativo, seja por métodos diretos ou indiretos. O dicionário eletrônico Houaiss explica a origem pelo termo: “inter” no interior de dois e “textus”: que indica fazer ou entrelaçar, ambos provenientes de sua palavra mãe, originalmente latina. É considerada presente em maior ou menor grau em praticamente toda produção humana. Em seu dicionário de termos literários Ivete Walty menciona a inerência da intertextualidade às ações humanas:
Definição e Origem
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O homem sempre lança mão do que já foi feito em seu processo de produção simbólica. Falar em autonomia de um texto é, a rigor, improcedente, uma vez que ele se caracteriza por ser um “momento” que se privilegia entre um início e um final escolhidos. Assim sendo, o texto, como objeto cultural, tem uma existência física que pode ser apontada e delimitada. (WALTY, Ivete, 2014)
Em relação à cópia, influência e originalidade, é bastante antigo e acompanham a evolução da escrita e consequentemente da literatura, a discussão sobre o direito autoral também é inerente à intertextualidade, o que nos interessa, na medida em que falamos de intertextualidade e esta, estabelece uma relação entre as demais. (A intertextualidade e suas origens, 2011)
Desta forma é possível concluir como a comunicação entre textos aplica-se não apenas na escrita, mas também em toda criação humana seja em momentos mundanos como conversas, ou mesmo nas artes plásticas, como mostrado a seguir.
As discussões sobre até que ponto um texto sofre influência e como é definida sua originalidade, bem como o conceito de plágio ou cópia mostram-se bem antigas, em seu estudo acadêmico, Luciano Corrales clarifica bem essa questão ao mostrar o diálogo entre textos clássicos como Platão e Aristóteles, sua conclusão ilustra como o estudo sobre a comunicação entre obras evoluiu com a escrita:
Repetimos ou alteramos coisas das quais aprendemos com pais e familiares, não obstante é comum um escritor basear-se em algo que lera anteriormente, portanto, falar sobre a origem de algo como “intertextualidade” é como acompanhar a própria origem da comunicação ou mesmo o desenvolvimento da escrita.