VÊNUS
E O IDEAL DE BELEZA FEMININA
Ao longo dos séculos desde a primeira menção do ideal da beleza feminina – começando com a Vênus de Willendorf, passando pelos mitos Gregos e chegando até alguns vídeos virais de 2014 – o conceito da Vênus teve diversas reproduções e estilizações e aqui estão algumas delas:
Lucas Cranach, o Velho, foi um pintor germânico que pintou diversas interpretações diferentes da Vênus. Como a Vênus e Amor e Vênus e Cupido.
Estilizações da Vênus
Vênus e Amor Vênus e Cupido
Também podemos encontrar estilizações na literatura contemporânea, com o autor Rick Riordan e sua série mundialmente famosa; Percy Jackson e os Olimpianos. Nela o autor traz mitos Gregos e Romanos para nossos costumes atuais.
Quando eu a vi meu queixo caiu.
Eu esqueci meu nome. Esqueci quem eu era. Esqueci como falar sentenças completas. Ela estava usando um vestido vermelho de cetim e seu cabelo estava enrolado em uma cascata de presilhas. Sua face era a mais bonita que eu já havia visto: maquiagem perfeita, olhos deslumbrantes, um sorriso que iluminaria o lado escuro da lua.
Pensando melhor, eu não posso dizer com quem ela se parecia. Nem mesmo de que cor seus olhos ou cabelos eram. Pegue a mais bonita atriz que você possa pensar. A deusa era dez vezes mais bonita do que ela. Pegue sua cor de cabelo favorita, cor de olho, qualquer coisa. A deusa tinha aquilo.
Quando ela sorriu pra mim, só por um momento ela se pareceu com Annabeth. E depois com uma atriz de televisão por quem eu costumava ter uma queda na quinta série.
Então... bem, você pegou a idéia.
“Ah, aí está você, Percy,” a deusa disse. “Eu sou Afrodite.”
(RIORDAN Rick, A Maldição do Titã, 2005)
Mauricio de Sousa, criador da famosa Turma da Mônica, desenhou uma série de releituras de obras clássicas e dentre elas encontramos do próprio quadro O Nascimento da Vênus.
Alguns artistas contemporâneos também já usaram o quadro O Nascimento da Vênus como inspiração. Como Jason Chan e seu Birth of Venus.
Além de uma das primeiras menções da Deusa, que aparece nos textos de Hesíodo – 'Teogonia – A Origem dos Deuses’.
O pênis, tão logo cortando-o com o aço
atirou do continente no undoso mar,
aí muito boiou na planície, ao redor branca
espuma da imortal carne ejaculava-se, dela
uma virgem criou-se. Primeiro Citera divina
atingiu, depois foi à circunfluída Chipre
e saiu veneranda bela Deusa, ao redor relva
crescia sob esbeltos pés. A ela. Afrodite
Deusa nascida de espuma e bem-coroada Citeréia
apelidam homens e Deuses, porque da espuma
criou-se e Citeréia porque tocou Citera,
Cípria porque nasceu na undosa Chipre,
e Amor-do-pênis porque saiu do pênis à luz.
Eros acompanhou-a, Desejo seguiu-a belo,
tão logo nasceu e foi para a grei dos Deuses.
Esta honra tem dês o começo e na partilha
coube-lhe entre homens e Deuses imortais
as conversas de moças, os sorrisos, os enganos,
o doce gozo, o amor e a meiguice.
(HESÍODO, 1992, p. 92)
Tais exemplos ilustram bem a gama de variáveis e proporções cujo qual a arte do mito Vênus obteve no decorrer da história, contudo, ainda há a questão sobre mais influências significativas no ideal de beleza feminino, cujo qual será ilustrado em A Beleza Através do Tempo.